Israel x Irã: entenda a guerra de 12 dias que abalou o Oriente Médio
Entre os dias 12 e 24 de junho de 2025, o mundo acompanhou com tensão um conflito armado direto entre Israel e Irã, dois dos principais protagonistas dos conflitos no Oriente Médio. A guerra durou 12 dias, mobilizou forças militares e resultou em disputas de narrativas, jogos de poder e o risco de um novo confronto de escala global. O assunto é atual, faz parte do contexto de outros conflitos no Oriente Médio e pode ser assunto de ENEM e vestibulares. Por isso, convidamos o professor Reginaldo XXX, que ensina geopolítica no Curso e Colégio Prime de Londrina, para explicar melhor as causas e consequências do conflito.
Ele explica que tudo começou quando Israel lançou um ataque aéreo contra o Irã, matando 78 pessoas e ferindo mais de 300. A justificativa de Tel Aviv foi o suposto avanço do programa nuclear iraniano e o financiamento por parte do Irã de grupos considerados por Israel como terroristas no Oriente Médio, como é o caso do Hamas e do Hezbollah. O Irã respondeu no dia seguinte com mísseis e drones disparados contra o território israelense, intensificando o confronto.
O conflito só foi interrompido após o então presidente norte-americano, Donald Trump, anunciar um acordo de cessar-fogo em 23 de junho. No entanto, bombardeios ainda foram registrados no dia seguinte, antes de o cessar-fogo ser, enfim, respeitado por ambas as partes.
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Por que isso importa?
O professor Reginaldo lembra que esse conflito não é um fato isolado. Ele se conecta a um histórico de rivalidade entre Israel e Irã e faz parte das tensões geopolíticas permanentes no Oriente Médio, uma das regiões mais instáveis do planeta e que é tema frequente em vestibulares e exames como o Enem.
Além disso, a intervenção dos Estados Unidos, os ataques a instalações nucleares e o possível fechamento do Estreito de Ormuz (região estratégica para o comércio de petróleo) mostram como guerras localizadas podem ter consequências globais.
Entenda o contexto: Oriente Médio em conflito
O Oriente Médio vive há décadas uma série de conflitos marcados por:
- Disputas territoriais e religiosas, especialmente entre judeus, muçulmanos sunitas e xiitas.
Interesse em petróleo e gás natural, fundamentais para a economia global. - Influência de potências estrangeiras, como EUA, Rússia e China.
- Tensões entre Israel e grupos apoiados pelo Irã, como o Hezbollah e o Hamas.
- Israel e Irã nunca foram aliados. Enquanto Israel é um Estado majoritariamente judeu, com forte apoio dos EUA, o Irã é uma república islâmica xiita, considerada uma das principais ameaças ao Estado israelense.
O programa nuclear iraniano é o maior ponto de tensão: Israel acusa o Irã de tentar produzir uma bomba atômica, enquanto o Irã afirma que o programa tem fins pacíficos.
Cronologia da guerra de 12 dias
- 12/06: Israel ataca Teerã, capital iraniana, mirando alvos militares e nucleares.
- 13/06: O Irã responde com dezenas de mísseis e drones contra Israel.
- 17/06: Trump exige rendição iraniana e ameaça atacar o líder supremo do Irã.
- 18/06: O aiatolá rejeita as ameaças e promete resistir.
- 21/06: EUA bombardeiam instalações nucleares do Irã.
- 22/06: O Irã fecha o Estreito de Ormuz, afetando o comércio de petróleo.
- 23/06: Irã ataca bases dos EUA no Iraque e Catar. Trump anuncia cessar-fogo.
- 24/06: Ataques continuam brevemente; por fim, ambos os países anunciam o fim do conflito.
- 25/06: Cessar-fogo segue sendo respeitado.
E agora?
Tanto Israel quanto Irã declararam "vitória histórica", e a tensão diminuiu. No entanto, o conflito deixou lições importantes:
- As disputas no Oriente Médio seguem sem solução definitiva.
- A intervenção dos EUA continua influente, mesmo com críticas.
- O risco de uma guerra envolvendo armas nucleares preocupa o mundo.
Dica para quem vai prestar vestibular
Fique atento a temas de atualidades relacionados à geopolítica, como:
- A influência das potências mundiais em conflitos regionais.
- O papel do petróleo e das rotas comerciais (como o Estreito de Ormuz).
- Os impactos de guerras na economia global e na estabilidade política.
Imagem da arte: Defesa dos EUA e governo do Irã/Divulgação